Tema da semana
“Violência”
de 10/12/2012 a
16/12/2012
Espírito Augusto
Cezar
Pede-nos você algumas
observações sobre violência.
Aqui vai uma. É um
pedaço do cotidiano na vida terrestre.
Ele, o esposo, chamava-se
Pedro Manoel.
Ela, a companheira, Maria
da Conceição.
Ele, o filhinho de quatro
janeiros, Lúcio Ismael.
Chegou à noite em que
Pedro, com fome de riqueza fácil gritou, furioso, para a mulher.
- Pois, hoje mesmo,
vou-me embora. De hoje em diante. Estou cansado de migalhas. Vou e
voltarei rico. Tenho o meu revólver para agir. Você terá as jóias
que nunca viu e nosso filho ganhará o conforto que merece...Não sei
quando, mas voltarei ao nosso barraco...
Notando que o esposo se
preparava para sair, a companheira falou, humilde:
- O que é isto, Pedro?
Você vai onde?
Ele trovejou:
- Vou para o mundo, vu
roubar.
E nada o deteve. O homem
se retirou, à guisa de porta.
Maria da Conceição, no
escuro da noite, enlaçou-se ao pequenino e começou a rezar...
Quase quatro meses
passados sobre a partida brusca de Pedro e vamos reencontrá-lo nas
primeiras horas da madrugada, espionando os fundos de uma casa
grande, cercada de extenso e belo jardim.
Escondendo-se na folhagem
com a esperteza de um gato e pisando muito de leve, conseguiu abrir a
porta que o oferecia acesso ao quintal estreito e, de revólver na
mão, ensaiando os primeiros passos nas sombras que o luar prateava.
Penetrando no ambiente
que pressupunha enriquecido de valores imensos, eis que a senhora
encarregada de zelar pela casa, percebeu-lhe a presença e,
agarrando-se ao filhinho, passou a pedir socorro, em voz alta.
O assaltante, irritado,
varou a porta semi-cerrada do aposento e desfechou dois tiros sobre a
mulher que lhe frustrara os planos, fugindo em seguida.
Somente pelos jornais da
manhã seguinte, Pedro Manoel veio, a saber, que exterminara a vida
da esposa e do filhinho, para os quais, diariamente, se lhe voltava o
coração.
Correu à procura de
parentes, tentando obter noticias, cientificando-se, por fim, de que
Maria da Conceição, pressionada por grandes necessidades, resolvera
empregar-se nas funções domestica, na casa digna em que trabalhara
quando solteira.
Desesperado o infeliz
desequilibrou-se e, com a arma da véspera, entregou-se ao suicídio.
Aqui esta, meu amigo, o
que lhe posso contar.
Violência é isso ai.
Fonte
Livro “Presença de Luz” Espírito Augusto Cezar Psicografia
Chico Xavier
VIOLÊNCIA
Toda violência
praticada por nós,
contra os outros,
significa dilaceração
em nós mesmos.
Dias da Cruz
Livro Vozes do Grande
Além
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