Em certa passagem do Evangelho, narra-se uma pregação de João Batista.
 A multidão interage com o profeta e lhe pede orientações.
 Em dado momento, alguns soldados perguntam o que devem fazer.
 João lhes responde que devem contentar-se com o seu soldo e não tratar mal ou defraudar a ninguém.
  Essa frase tão concisa mostra grande sabedoria.
 Muita gente se perde em tortuosos labirintos por não entender os problemas da remuneração na vida comum.
  A busca de ganhos cada vez maiores pode fazer com que a pessoa esqueça os deveres que justificam seu salário atual.
  Por se sentir injustiçada, arde em inveja de quem ganha mais.
 Há operários que reclamam a remuneração devida a altos executivos.
 A ganância costuma lançar um véu sobre a realidade e o ganancioso tudo vê sob uma ótica particular.
  Ele sempre encontra uma forma de comparar sua situação com a dos outros, em seu favor.
  Entretanto, não examina seriamente as graves responsabilidades que repousam sobre os ombros dos homens altamente colocados.
  Muitas vezes, estes se convertem em vítimas da inquietação e da insônia.
 Suas decisões e ações afetam a vida de incontáveis seres humanos e eles sentem o peso que isso representa.
  Frequentemente, têm de gastar as horas destinadas ao descanso e à vida familiar em representações sociais.
  De outro lado, há homens que vendem a paz do lar em troca de maiores ganhos.
  Abdicam da convivência com os filhos enquanto se entregam a atividades desnecessárias.
  Muitas vezes, justificam seu proceder com o propósito de dar conforto à família.
  Contudo, olvidam que o afeto e a educação são os tesouros mais preciosos que podem proporcionar aos seus rebentos.
  Ao eleger os bens materiais como o objetivo superior da existência, dão exemplos perniciosos.
  Inúmeras pessoas seguem, da mocidade à velhice, descontentes com seus salários.
  Apresentam-se  ansiosas e descrentes, enfermas e aflitas, por não entenderem as  circunstâncias do caminho humano, no que tange ao dinheiro.
 Não é por demasia de remuneração que a criatura se integrará nos quadros Divinos.
  Segundo a sabedoria popular, para a grande nau surgirá a grande tormenta.
 Valorizar cada servidor o seu próprio salário é prova de elevada compreensão, ante a justiça do Todo Poderoso.
  Para alcançar a paz, o relevante é estar muito atento aos próprios deveres.
  Trabalhar com honestidade e desenvolver o próprio potencial.
 Buscar melhoria, progresso e bem-estar, mas sem a angústia da ganância material e sem cobiçar o que é do próximo.
  Antes de analisar o pagamento da Terra, é preciso se habituar a valorizar as concessões do Céu.
  Pense nisso.
 Redação do Momento Espírita, com base no cap. 5 do livro Pão nosso, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
  Em 23.05.2011 
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