domingo, 1 de maio de 2011

Provas irreveladas

Do ponto de vista moral, há bastante infortúnio escondido em toda  a parte.

Nos ambientes mais diversos, nos momentos em que menos se espera, com as pessoas fisionomicamente mais seguras de si, a aflição desponta inesperada e o pranto pode estar surgindo às ocultas.

Desilusão, moléstia, revolta e desalento em muitos casos não afluem à face das circunstâncias exteriores.

Familiar decepcionado com o noticiário desairoso que vem a saber com respeito ao parente querido.

Jovem agoniada na frustação de futuros projetos matrimoniais.

Pai fustigado pela doença incurável de um filho.

Mãe anciosa pela reconciliação impraticável com o pai de sua prole.

Cavalheiro bem posto, mas absolutamente inconformado com a deficiência física de que sabe portador, sem que os outros percebam.

Viúva atormentada pela falta de garantias no lar.

Cônjuge que não mais confia na companheira de vinte anos.

Homem ferido pela consciência na fase de transição de um passado recente de erros e um futuro de maiores acertos.

Chefe enfermo de família numerosa, repentinamente desempregado.

Criatura robusta e aparentemente normal envolvida em tramas da obsessão.

Aprendamos com a Doutrina Espírita que o pretérito se reflete no presente e que a lei de causa e efeito funciona em qualquer paisagem social, qualquer pessoa, em todos os bastidores profissionais e todos os dias.

Ponderemos nisso, a fim de não faltarmos com o apoio devido à harmonia que nos cabe manter nos domínios da vida.

Se alguém lhe respondeu asperamente, se um amigo parece incompreensivo, se aquele companheiro passou de súbito a dedicar-lhe antipatia gratuita, se aquele outro lhe abalroa as edificações espirituais e se muitos não lhe correspondem, de leve, às esperanças, suponha semelhantes irmãos presos mentalmente a problemas irrevelados de angústia e coloque-se na posição deles, com as provas e desvantagens que experimentam e decerto você se compadecerá de cada um, dispondo-se a auxiliá-los.

Nem sempre a voz corrente fala tudo o que há nas almas.

Repitamos para nós que a verdadeira caridade se resume na compreensão para além das aparências dos espíritos com os quais se convive, perdoando e ajudando silenciosa e desinteressadamente, de nossa parte, onde estejamos, como se faça necessário e tanto quanto seja possível.

(Pelos espíritos Emmanuel e André Luiz em Estude e Viva)

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