Maria Dolores
       Desejava, Mãezinha,        para testemunhar-te afeto e gratidão,
       escrever-te um poema        que me fotografasse o coração.
       E, ao servir-me do        verbo, quisera misturar
       a beleza das flores        e das fontes, o azul do céu, o ouro do sol e os lírios do luarl...
       Anseio        enaltecer-te!... A palavra, no entanto, Mãe querida,
       não consegue mostrar        as bênçãos incessantes que nos trazes à Vida.
       Em vão consulto        dicionários! Não encontro a expressão lúcida e bela
       que nos defina        claramente a luz que o teu sorriso nos revela...
       Ofereço-te, assim ao        carinho perfeito
       o doce pranto de        agradecimento que me verte do peito. 
       As lágrimas que        choro de alegria refletem, uma a uma
       as estrelas de amor        que te engrandecem, – a tua glória em suma !...
       És tudo de mais        lindo que há no mundo, – o agasalho a ternura calma e boa, 
       o refúgio de santo        entendimento, a presença que abençoa... 
       Desculpe, meu        tesouro de esperança, se não te sei nobilitar 
       o reino de bondade e        sacrifício, no sustento do lar!
       E não sabendo, Mãe,        como louvar-te a celeste afeição,
       rogando a Deus te        glorifique a vida, trago-te o coração.
       Livro Mãe.        Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário
(-: , Olá, seja bem vindo, se o seu comentário for legal, e não trouxer conteúdo agressivo, ele será postado.