sábado, 7 de maio de 2011

MINHA MÃE



Maria Dolores
 
Desejava, Mãezinha, para testemunhar-te afeto e gratidão,
escrever-te um poema que me fotografasse o coração.
E, ao servir-me do verbo, quisera misturar
a beleza das flores e das fontes, o azul do céu, o ouro do sol e os lírios do luarl...
 
Anseio enaltecer-te!... A palavra, no entanto, Mãe querida,
não consegue mostrar as bênçãos incessantes que nos trazes à Vida.
Em vão consulto dicionários! Não encontro a expressão lúcida e bela
que nos defina claramente a luz que o teu sorriso nos revela...
 
Ofereço-te, assim ao carinho perfeito
o doce pranto de agradecimento que me verte do peito.
As lágrimas que choro de alegria refletem, uma a uma
as estrelas de amor que te engrandecem, – a tua glória em suma !...
 
És tudo de mais lindo que há no mundo, – o agasalho a ternura calma e boa,
o refúgio de santo entendimento, a presença que abençoa...
Desculpe, meu tesouro de esperança, se não te sei nobilitar
o reino de bondade e sacrifício, no sustento do lar!
 
E não sabendo, Mãe, como louvar-te a celeste afeição,
rogando a Deus te glorifique a vida, trago-te o coração.
 
                 
 
Livro Mãe. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

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