Tema
da semana
“Maneira
de orar”
De
25/11/2013 a 01/12/2013
Meimei
Num
país europeu, certa tarde, muito chuvosa, um maquinista, cheio de fé
em Deus, começando a acionar a locomotiva com o trem repleto de
passageiros para longa viagem, fixou o céu escuro e repetiu, com
muito sentimento, a oração dominical.
O
comboio percorreu léguas e léguas, dentro das trevas densas,
quando, alta noite, ele viu, à luz do farol aceso, alguns sinais que
lhe pareceram feitos pela sombra de dois braços angustiados a lhe
pedirem atenção e socorro.
Emocionado,
fez o trem parar, de repente, e, seguido de muitos viajantes, correu
pelos trilhos de ferro, procurando verificar se estavam ameaçados de
algum perigo.
Depois
de alguns passos, foram surpreendidos por gigantesca inundação que,
invadindo a terra com violência, destruíra a ponte que o comboio
deveria atravessar.
O
trem fora salvo, milagrosamente.
Tomados
de infinita alegria, o maquinista e os viajores procuraram a pessoa
que lhes fornecera o aviso salvador, mas ninguém aparecia.
Intrigados, continuaram na busca, quando encontraram no chão um
grande morcego agonizante, O enorme voador batera as asas, à frente
do farol, em forma de dois braços agitados, e caíra sob as
engrenagens. O maquinista retirou-o com cuidado e carinho, mostrou-o
aos passageiros assombrados e contou como orara, ardentemente,
invocando a proteção de Deus, antes de partir. E, ali mesmo,
ajoelhou-se, ante o morcego que acabava de morrer, exclamando em alta
voz:
– Pai
Nosso, que estás no céu, santificado seja o teu nome, venha a nós
o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na Terra como no céu; o
pão nosso de cada dia dá-nos hoje, perdoa as nossas dívidas, assim
como perdoamos aos nossos devedores, não nos deixes cair em tentação
e livra-nos do mal, porque teu é o reino, o poder e a glória para
sempre. Assim seja.
Quando
acabou de orar, grande quietude reinava na paisagem.
Todos
os passageiros, crentes e descrentes, estavam também ajoelhados,
repetindo a prece com amoroso respeito. Alguns choravam de emoção e
reconhecimento, agradecendo ao Pai Celestial, que lhes salvara a
vida, por intermédio de um animal que infunde tanto pavor às
criaturas humanas. E até a chuva parara de cair, como se o céu
silencioso estivesse igualmente acompanhando a sublime oração.
Do
livro “Pai
Nosso”.
Psicografia
de Francisco Cândido Xavier.
---
PRECE
Seja
a prece o fio milagroso
de
nossa comunhão com o Céu,
para
que nossas esperanças não desfaleçam.
Não
há treva que resista a esse instrumento de luz
Isabel
Campos
Do
livro “Dicionário da alma”.
Psicografia
de “Francisco Cândido Xavier”.
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