TEMA DA SEMANA
 “DAR-SE-Á
ÀQUELE QUE TEM” 
De 12/03/2012 a 18/03/2012
Joanna de Ângelis
                Há, no homem,
latente, um forte mecanismo que o leva a fugir 
da  responsabilidade,  transferindo 
o  seu  insucesso 
para  outrem, na condição de indivíduo
social, ou para os fatores circunstanciais da sorte, do nascimento e até de
Deus.
                Quando tal não se dá, na área das
suas projeções comporta- mentais,  apega-se
 ao  complexo  de  culpa,
 mergulhando  nas  de-
pressões em que oculta a infantilidade, pouco importando a idade orgânica em que
transita.
                A responsabilidade resulta da consciência
que discerne e compreende  a  razão  da  existência 
humana,  sua  finalidade 
e  suas metas,  trabalhando  por  assumir
 o  papel  que
 lhe  está  destinado
pela vida.
                Graças  a  isso,  não  se
 omite, 
não  se  precipita, 
estabelecendo um programa de ação tranquila, dentro do quadro de deveres
que caracterizam  o  progresso 
individual  e  coletivo, 
visando  à  conquista da plenitude.
                O homem responsável sabe o que fazer,
quando e como realizá-lo.
                Não se torna parasita social, nem
se hospeda no triunfo alheio, tampouco oculta-se no desculpismo ridículo.
                A sua lucidez torna-o elemento precioso
no grupo social onde se movimenta. Talvez não lhe notem a presença, face à segurança
natural que proporciona; todavia, a sua falta sempre se faz percebida por
motivos óbvios.
                A responsabilidade do homem leva-o
aos extremos do sacrifício,  da  abnegação,  da  renúncia,
 inclusive  do  bem-estar,
 e  até mesmo da sua vida.
*
                Como  pastor  de
 almas,  Jesus  fez-se
nos  responsável,  elucidando-nos  a  respeito
 dos  deveres,  das  necessidades
 reais,  dos legítimos objetivos da nossa vida.
                Em  contrapartida,  doou-se nos 
até  o  holocausto, 
não  fosse  a Sua vida ao nosso lado, em si mesma, um grande
e estoico sacrifício de amor.
                Não  obstante, 
conclamava  a  todos  que  O  buscavam  para  o
dever da responsabilidade, que os capacita para as realizações relevantes.
                Por conhecer a alma humana em sua
realidade plena, identificava nela as nascentes de todos os males, como também
a fonte generosa de todas as bênçãos.
                Porque  o  homem
 ainda  prefere  a  manutenção
 das  próprias mazelas, nelas se comprazendo, anestesia-se
no infortúnio em que permanece com certo agrado, embora demonstre desconforto e
infelicidade.
                Desse modo, sempre que acolhia àqueles
que O buscavam, conhecendo-lhes  as  causas 
dos  pesares,  após  atendê-los,  propunha-lhes com veemência que não retornassem
aos erros, a fim de que lhes não acontecesse nada pior.
*
                A  responsabilidade  liberta 
o  indivíduo  de  si  mesmo, 
alçando- o aos planos superiores da vida.
                Enquanto ele se movimenta cultivando
o morbo das paixões selvagens,    desajusta    os   
implementos    emocionais,    tornando-se vítima de si mesmo, facultando que
se lhe instalem as doenças degenerativas e causticantes.
                A  renovação 
moral  propicia  a  canalização  das  energias  saudáveis de forma favorável, preservando o ser
para os cometimentos elevados a que se destina.
*
                A  humanidade  sobrevive  graças  aos
 seus  homens  responsáveis,  que  trabalham  continuamente 
em  prol  do  bom,  do  belo,  do ideal.
                Eles  se  destacam  pela  grandeza  das  suas  realizações 
cimenta- das no sacrifício pessoal.
*
                À  mulher  surpreendida
 em  adultério,  aos  portadores
 do  mal de Hansen e aos obsediados, após a recuperação
de cada um, a advertência de Jesus era sempre firmada na responsabilidade, para
que,  em 
entesourando  os  valores 
éticos  e  os  deveres  espirituais, não se permitissem voltar aos
erros.
*
                Neste momento, quando necessitas
dEle, reformula os teus conceitos  sobre  a  vida  e  passa  a  atuar  corretamente, 
dominado pela   responsabilidade.   A   ninguém   transfiras  
a   causa   dos   teus
desaires, dos teus insucessos. Dá-te conta deles e recomeça a ação transformadora.
                Mesmo que não o queiras, serás sempre
responsável pelos e- feitos dos teus atos.
                Colherás conforme semeares.
                Assume, portanto, o teu compromisso
com o Mestre e permanecerás  saudável  interiormente,  prosseguindo 
íntegro  nos  teus deveres com responsabilidade.
Psicografia de Divaldo Franco do
Livro: Florações Evangélicas
 
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