terça-feira, 9 de dezembro de 2014

NOTAS DE IRRITAÇÃO

Tema da semana
Raiva
08/12/2014 a 14/12/2014

Emmanuel

Cólera, na maioria das vezes, pode ser definida por situação de calamidade no mundo íntimo.

Na vida prática, o homem possui a prevenção contra incêndios, o controle da energia elétrica, o serviço imunológico na preservação da saúde e o sinal vermelho nos códigos de trânsito, evitando acidentes.

Por que não estabelecer em nós mesmos, nas horas difíceis, o minuto de silêncio ou de prece, inibindo a explosão do azedume?

Semelhante impacto de forças desorientadas é suscetível de conturbar o ambiente de que necessitamos para viver, tanto quanto é capaz de arrasar muitas plantações de esperança ao redor de nosso amor.

A irritação não apenas pressiona os recursos orgânicos da pessoa que a ela se rende, irrefletidamente, predispondo-a para doenças de natureza obscura, mais igualmente espalha agressões vibratórias sobre aqueles que nos compartilham o dia-a-dia e que, muitas vezes, dependem de nossa serenidade a fim de se equilibrarem na vida.

Se alguém te atordoa, acalma-te e espera, proporcionando tempo a ti mesmo, a fim de solucionar o problema que esse alguém te apresenta.

Age sem precipitação e sem barulho, resguardando, sobretudo, a tranqüilidade dos corações que se te fazem apoio nas próprias experiências.

Se algo te fere, perdoa e esquece, para que não agraves as tuas dificuldades com o peso das emoções negativas.

Ora e pede à Providência Divina compreensão e paz, de modo a que teus dias na Terra se tornem marcados pelo rendimento no bem.

E sempre que te inclines à ira, faze o teu minuto de silêncio ou de oração, observando que a cólera, em qualquer questão e em qualquer circunstância, é uma sombra que te complicará os caminhos ou te fará perder.

Livro: “Urgência” Psicografia Francisco Cândido Xavier
Espírito Emmanuel
 


LUTAS DA IRRITAÇÃO
Cornélio Pires
Em carta você pergunta,
Prezada Rita Frazão,
Como se anotam no Além
As lutas da irritação.

Pode crer. A irritação
Quando envolve a criatura,
Ë um pedaço de caminho
Para a morte prematura.

A cólera é sempre um mal
Embora pareça um bem,
Espinheiro de azedume
Não dá proveito a ninguém.

São muitos os casos graves,
Que a fúria estende por si,
Tanto nos atos da Terra
Quanto nos fatos daqui.

Tanto se irava por nada
Nhô Totico das Candeias,
Que se matou sem querer
Trancando o sangue nas veias.

Enraivecido, Nhõ Juca,
Na Roça dos Enjeitados,
Morreu grudado na chusma
De espíritos atrasados.

Enfurecia-se à-toa,
O nosso Carlos Monteiro...
Ao irar-se no volante
Rolou no despenhadeiro.

Gritando desorientado
Contra tia Felisbela,
Nhô Ramos morreu de um bife
Engastalhado na goela.

Recorde o caso sabido
De Aninha de Nhô Vicente,
Caiu e morreu com raiva
Num tacho de água fervente.

Outra história muito triste
A morte de Adão Galeno,
Cego de raiva trocou
Sal amargo por veneno.

Sempre irritado na praça,
Tião do Sítio da Lua,
Fazendo compras na loja,
Morreu de briga na rua.

Outro caso doloroso
O de Chiquinha dos Matos,
Afogou-se na cisterna,
Querendo bater nos gatos.

Nhá Tina em fúria constante
Na Tapera do Riacho,
Quando surrava um cachorro,
Finou-se de escada abaixo.

Derrame acabou com Júlio
Na Fazenda da Floresta...
O pobre espantava as moscas
Com murros na própria testa.

Tenha calma e tolerância,
Não siga impulso violento,
A cólera, em qualquer parte,
É chuva de sofrimento.

Irritação? Fuja disso,
Não se esqueça, minha irmã,
Ante os entraves de hoje
Que a vida volta amanhã.
Livro Retratos Da Vida –
Francisco Cândido Xavier –
Ditado Pelo Espírito Cornélio Pires

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