Tema da semana
Deixai aos mortos o cuidado de enterrar seus
mortos
De 15/12/2014 a 21/12/2014
Joanna
de Ângelis
Não se consumiram, com a dissolução
dos tecidos, aqueles
que consideras mortos.
Transitaram da circunstância carnal
para o estado básico de Espíritos que são, donde oportunamente vieram à Terra, a fim de se revestirem com a
tecedura material. Ora despo- jados dos implementos físicos, retornam à condição primeira, carregando, nos sutis e complexos mecanismos da vida que os mantém íntegros, as
realizações e os gravames, as ações positivas
ou
infelizes que se permitiram, enquanto se
utilizaram do vaso fisiológico, na Terra. Mergulharam
no
acervo somático
conduzindo propósitos
superiores, quais alunos ingressando em abençoada Escola, com vistas ao futuro promissor. Despediram-se do currículo,
guindados à posição que preferiram, fruindo a escolaridade conforme o aproveitamento que se permitiram.
Desapareceram da vida objetiva, sem
dúvida, mas vivem
em outra dimensão
vibratória e examinam através de outras percepções a oportunidade que tiveram
e os
valores de que se fazem detentores inalienáveis. Os desatentos que se deixaram colher na
distração lamentaram dolorosamente o tesouro do ensejo perdido. Os insidiosos e céticos, chamados ao
retorno que esperavam demorasse, sofrem amargas decepções, face à realidade da vida que prossegue...
Os maus expiam
enquanto despertam com
a mente, tornada
fornalha de remorsos, graças à nova situação que desconsideravam... Os resignados
e bons, chamados ao convívio imortalista,
exultam e se preocupam com os que se enleiam
na
ilusão ou se anestesiam na busca do nada em que se
infelicitam. Não desesperes, se a saudade te martiriza, ante a ausência
deles. Estão ausentes só em corpo físico. Pensando neles, envolve-os na prece lucilante e benéfica. Estejam como estejam, receberão
os teus pensamentos e deles retirarão o precioso
conteúdo
que
os reconfortará valiosamente.
Assim, recorda-os com ternura e amor,
desejando ser-lhes útil. Conjecturando em torno das suas vidas, traze à tela mental o que fizeram
de bom, as suas horas ditosas,
as evocações dos momentos felizes, que captarão de
forma
salutar. Desse modo, ligarse-ão
a ti pelos preciosos liames do pensamento,
mantendo intercâmbio sutil contigo, dialogando, ajudando-te caso não possam,
por
enquanto, fazê-lo
diretamente pelos processos mediúnicos
mais positivos... Isto posto, pensa em ti próprio.
Cada instante da experiência física
mais te
aproxima da realidade espiritual. Reflexiona como te encontras, o que já
fizeste, o que possuis para conduzir, porquanto também
desencarnarás,
apesar da saúde que ora desfrutas ou da situação em que laboras otimista. Diante
dos
que partiram na direção da Morte, assume o compromisso de preparar-te para
o reencontro com eles na Vida
abundante e não adies
realizações superiores, que te
serão valiosas. Sabendo-os vivos,
enxuga o pranto
que a dor pungente da grande
transição propicia, considerando que, além da sepultura
aparentemente misteriosa, a vida estua e, depois do umbral de cinza e pó em que o corpo se converte, brilha a madrugada da Imortalidade
que nos domina e felicita.
Psicografia
de Divaldo Franco do livro “Celeiro de Bênçãos”
Cornélio Pires
A MORTE DE NHÁ MINA
Nhá Mina morre aos poucos, num palheiro!...
Lembra a orquestra do Mestre Carmelinho...
Quando moça, rasgava o cavaquinho
Nas noites de alegria no terreiro.
Sozinha lembra... A flauta de Antoninho,
A sanfona de Juca Funileiro,
Depois... o mundaréu triste e inzoneiro,
Os maus-tratos e as mágoas do caminho...
Larga o corpo... Ouve acordes na janela,
A orquestra antiga toca junto dela,
Juca, Antoninho, Rita, Zico Prata...
A lua brilha... A noite é uma beleza!...
Nhá Mina sai... Parece uma princesa
Que vai casar no céu com serenata.
Livro “O Espírito de
Cornélio Pires”
Psicografia de
Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.
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