sexta-feira, 14 de novembro de 2014

MUITOS CHAMADOS

Joanna de Ângelis


(Mateus capítulo 22º, versículos 1 a 14)

Mesmo hoje é assim...

Atônitas, as multidões procuram a diretriz do reino dos céus; não obstante, engalfinham-se nas hórridas lutas pela posse da Terra.

Fascinam-se com as narrativas evangélicas e comovem-se ante os padecimentos do Senhor quando lêem a Sua vida; todavia não se resolvem seguir em definitivo os roteiros iluminativos, por meio dos quais os valores humanos mudam de expressão.

Examinando, igualmente, o comportamento de muitos companheiros de lides, verificarás que a parábola expressiva do Senhor mantém-se em plena atualidade para eles também.

Depois de experimentarem o contato com as legitimidades do espírito, sentem-se dominados pelo desejo sincero de espraiarem as certezas que a Boa Nova lhes oferece. Entretanto, aos primeiros impedimentos e problemas, perfeitamente consentâneos com a posição evolutiva que os caracteriza, reagem, dizendo-se descrentes, atormentam-se e debandam.

Acreditam que são credores de especiais concessões, tendo em vista haverem recebido o convite para o banquete na corte do Grande Rei e o terem aceito com demonstrações de vivo entusiasmo...

Não lhes acode, porém, ao discernimento, que para qualquer solenidade se faz indispensável compostura própria, traje adequado.

Tais são as ações nobilitantes que conferem investidura e insígnias para o comparecimento ao ágape real.

Por isso, as multidões esfaimadas de amor e sabedoria ainda não se resolveram  fartar-se  nos  celeiros  sublimes  da  Revelação  Espírita  ora  ao alcance de todos, demorando-se em contínua aflição.

Buscando os tesouros do espírito, disputam, aguerridamente, as posses que os “ladrões roubam, as traças roem e a ferrugem gasta...”

*

Já que recebeste o chamado para a transformação moral ao alento da luz espírita que te aclara os dédalos do mundo interior, não titubeies. Estuga o passo na senda habitual e reflete, deixando-te permear pelas lições de esperança e renovação com que te armarás para os combates. ásperos contra os severos adversários que a quase todos vencem: o egoísmo, o orgulho, a ira, o ciúme e seus sequazes, ensinando pelo exemplo fraternidade e amor.

Não te preocupes pelo proselitismo como pelo arrastamento das multidões à fé que te comove.

Recorda-te de Jesus que não veio para compactuar com as comezinhas paixões nem tão pouco para agradar os campeões da insensatez — maneira segura de conseguir simpatizantes e adeptos — antes para inaugurar o principado da felicidade ao qual são “muitos chamados”, porém poucos escolhidos”.


Psicografia de Divaldo Franco do livro Leis Morais da Vida

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