Tema da semana
“Reconhece-se o
cristão pelas suas obras”
de 18/02/2013 a
24/02/2013
Augusto
Cezar Netto
E
porque nós outros – um grupo de rapazes – nos acercamos do
Mentor, indagando que opinião era a dele sobre as oficinas de
assistência aos necessitados, nas realizações cristãs, ele
nos respondeu cortesmente:
—O
assunto é do maior interesse. A propósito, desejo contar-lhes a
experiência de um companheiro. Um amigo, que foi batista na Terra,
chegou à Vida Espiritual com grande prestígio pelos serviços
prestados à Causa do Senhor. Conduzido por devotados benfeitores à
grande cidade da Vida Maior, passou a visitar os setores de trabalho
que o empolgavam. Tomando a companhia de um professor, entrou a
movimentar-se.
Na
sequência de suas excursões, viu-se diante de vasto sanatório, em
cujo interior e em todas as dependências se notava tremenda
algazarra. Impropérios, acusações mútuas, insultos e rixas. A
balbúrdia era enorme.
Impressionados,
ele e o acompanhante, perguntaram a um dos diretores da instituição
se ali estava algum setor da zona infernal, ao que o interpelado
replicou humildemente:
—Sim,
a nossa casa pode ser considerada uma região de inferno, onde alguns
de nós, irmãos acordados para a vida, devemos treinar abnegação e
tolerância.
Nosso
amigo inquiriu:
—Poderá
nos informar se aqui vivem alguns batistas?
—Muitos,
foi a resposta.
E
o diálogo prosseguiu:
—E
presbiterianos?
—Grande
quantidade.
—E
católicos?
—Número
imenso.
—E
luteranos de outras interpretações?
—Igualmente
muitos.
—E
espíritas?
—Legião
incalculável.
Nosso
companheiro considerou:
—É
uma lástima! E como se comportam na comunidade?
—Infelizmente
– esclareceu o diretor – os religiosos que se acham aqui são
espíritos cristalizados nos enganos que abraçaram. Foram, todos
eles, homens e mulheres, habitualmente discutidores e intimamente
revoltados. Agarrados aos próprios pontos de vista, são rebeldes,
indiferentes, vaidosos e intolerantes. Viveram no mundo físico em
teorias e anátemas, mergulhados em preguiça mental, a ponto de
muitos deles não aceitarem a realidade da vida espiritual em que se
encontram...
—E
quando estarão libertos de tanta cegueira?
O
diretor explicou:
—Quando
demonstrarem a renovação espiritual precisa, a fim de merecerem o
privilégio de aprender a servir.
Indiscutivelmente,
os visitantes saíram dali desolados e depois de alguns quilômetros
surpreenderam grande colônia espiritual, de cujo interior se
irradiavam luz e harmonia.
Pararam
observando...
Em
seguida solicitaram a um dos guardiões da porta, a presença de
alguém que lhes pudesse prestar os informes que julgavam precisos.
Veio
um diretor e repetiram a indagação sobre a natureza e finalidade
daquele instituto.
O
amigo respondeu:
—Aqui
somos todos uma só família; todos os que residem aqui são aqueles
que acreditaram em Jesus e seguiam-lhe os passos, trabalhando e
servindo, por amor aos semelhantes. Não há denominações
religiosas que nos diferenciam, até porque temos conosco muitos
ateus que se consagraram espontaneamente ao bem do próximo,
ignorando que estavam acompanhando o Divino Mestre. A
prestação de serviço aos outros, sem ideias de recompensa, nos
proporcionou a felicidade de estarmos todos juntos em Cristo.
Foi
então que compreendi melhor o valor das oficinas de assistência aos
necessitados. Aí, nesses recantos abençoados, é possível estudar
as Lições do Senhor e segui-lo verdadeiramente no rumo das alegrias
imperecíveis.
Somente
os que aprendem a trabalhar e a servir, com esquecimento de si
mesmos, acham-se no rumo exato da felicidade real, de vez que nada
valem as preciosas argumentações vazias de boas obras, porque, sem
as realizações do amor ao próximo, não teremos senão a
alternativa de tudo recomeçar, aprendendo, por fim, a fazer o melhor
de nós e de nossa vida, para que possamos justificar o privilégio
de conhecer...
Do livro “Fotos da
vida”.
Psicografia
de Francisco Cândido Xavier.
---
Cristão
Quem
no Evangelho vence a treva e o mal,
Na
comunhão excelsa de Jesus,
É
cristão que se eleva e se conduz
Na
inspiração do Amor Universal.
João
de Deus
Do
livro “Dicionário da alma”.
Psicografia
de “Francisco Cândido Xavier”.
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