quinta-feira, 21 de abril de 2011

Amparo espiritual

No plano físico, onde apareça a cultura social, multiplicam-se dispositivos de segurança contra desastres. 
Isso, porém, deve igualmente ocorrer no reino da alma.
Se já acordaste para o conhecimento superior, caminhas à frente com a função de guiar.
Convence-te de que quanto mais se te amplie o aperfeiçoamento íntimo, mais dilatado o número dos olhos e dos ouvidos que te procuram ver e escutar, de vez que todos aqueles que se afinam contigo, em subalternidade espiritual, passam, mecanicamente, à condição de aprendizes que te observam.
Não te descuides, pois, do amparo aos que te acompanham no educandário da vida, entendendo-se que existem quedas de pensamento determinando lamentáveis acidentes de espírito.
Em toda a situação, seleciona palavras e atitudes que possam efetivamente ajudar.
Ante as falhas alheias, não procedas irrefletidamente, censurando ou aprovando isso ou aquilo, sem análise justa, a pretexto de assegurar a harmonia, mas define-te com bondade, providenciando corretivos aconselháveis, sem alarde e sem aspereza.
Se aparece a necessidade de advertência ou repreensão, já que toda a escola respeitável reclama disciplina, oferece o próprio exemplo no dever retamente cumprido, antes de falar, e, falando, escolhe, tanto quanto seja possível, lugar, tempo e maneira, segundo os comprometimentos havidos na causa do bem comum.
Lendo noticiários calamitosos ou livros indesejáveis, destaca os assuntos que te pareçam dignos de apreço e examina-os com os irmãos do nível de experiência, evitando comentários inconvenientes com os amigos de entendimento imaturo.
Espalhando publicações ou divulgando-as, consagra atenção apenas àquelas suscetíveis de beneficiar os leitores.
Diante de todas as divergências, conflitos, desesperos e inquietações, articula idéias de paz e pronuncia frases de paz, sem desconhecer embora que todos nos achamos em luta incessante contra o mal e que nenhuma pessoa realmente esclarecida pode acreditar-se em ilusória neutralidade. Pacifica os outros, através de tua cooperação despretensiosa e espontânea na formação da tranqüilidade alheia, sem enganar a ninguém com a expectativa de um sossego que só existe naqueles que fogem das próprias obrigações e que nunca se previnem contra a desordem.
Administra, onde estiveres, o auxílio espiritual com a alavanca do próprio equilíbrio. Vigilância sem violência. Calma sem preguiça. Consolo sem mentira. Verdade sem drama.
Se já sabes o que deves fazer, no plano da alma, trazes o coração chamado a instruir, e um professor verdadeiro, enxergando mais longe, não apenas informa e ensina, mas também socorre e vela.

(De "Estude e Viva", de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira,
pelos  Espíritos Emmanuel e André Luiz)   

Um comentário:

  1. Obrigado por compartilhar essa mensagem, eu precisava muito dela, pois estou experenciando isso intimamente, sem ter uma postura mais acertada, "Ante as falhas alheias, não procedas irrefletidamente, censurando ou aprovando isso ou aquilo, sem análise justa, a pretexto de assegurar a harmonia, mas define-te com bondade, providenciando corretivos aconselháveis, sem alarde e sem aspereza."-Esse trecho me esclaceu a dúvida íntima.

    ResponderExcluir

(-: , Olá, seja bem vindo, se o seu comentário for legal, e não trouxer conteúdo agressivo, ele será postado.