Tema da semana
“Planeta Terra”
De 30/12/2013 a 05/01/2014
Joanna
de Ângelis
Toda vez que uma desgraça se abate sobre um homem, a verdadeira desgraça para êle é não saber receber devidamente o infortúnio que lhe chega.
Desgraça, realmente, é o mal, o prejuízo, o dano que se pode praticar
contra alguém e não o que se recebe ou se sofre.
O que muitas vezes tem aparência de desgraça — e isto quase sempre —
é resgate intransferível
e valioso que assoma à alfândega do devedor, cobrando-lhe os débitos livremente assumidos e aceitos. Das mais duras provações sempre resultam benefícios
valiosos para o espírito imortal. Há que
considerar cada um a própria posição que mantém
na
vida terrena para avaliar
com
acerto os acontecimentos que o visitam.
Quando somente se experimentam as emoções físicas e conceituamos os valores imediatos, desgraças, em realidade,
para tais, são os pequenos
caprichos não
atendidos, as veleidades vaidosas não respeitadas, as ambições
ridículas não satisfeitas que assumem papel preponderante e se transformam
em
infelicidades legítimas, porquanto, ignorando propositalmente as realidades
superiores, esses descuidados se apegam às menores coisas e aos recursos de nenhuma monta, derrapando para a irritabilidade,
as
paixões, a loucura, o
suicídio: desgraças que levam o espírito às províncias de amarguras inomináveis, a vencerem tempo sem limite em etapas de dor sem nome...
* * *
As desgraças que foram convencionadas como:
perda de saúde, prejuízos financeiros,
ausência de pessoas amadas,
desemprego, acidentes, abandono por parte de queridos afetos, se constituem
áspero testemunho que chega ao ser em jornada redentora, se transformam
também em portal que transposto estoicamente decerra a dádiva da felicidade permanente
e enseja paz sem refrega de luta em atmosfera de harmonia
interior.
Quando o infortúnio
não
resulta de imediato desatino ou leviandade é bênção da Vida à vida, facultando vitória próxima.
Nesse particular os Espíritos Superiores levam em alta consideração os
sofrimentos humanos, as desgraças que abatem homens, famílias, povos e,
pressurosos, em nome da Misericórdia Divina, acorrem a ajudar e socorrer esses padecentes, dando-lhes forças e coragem para permanecerem firmes e confiantes,
buscando diminuir neles a intensidade da dor, e, noutras circunstâncias,
tendo em vista os novos méritos que resultam das conquistas individuais ou coletivas, desviando-as, atenuando-as, impedindo mesmo que se
realize, pela constrição do sofrimento,
a depuração espiritual, o que faculta
meios de crescimento pelo amor em bênçãos edificantes capazes de anular o saldo devedor constritivo
e perseverante, porque se a Justiça Divina é rigorosa e imutável, a Divina Misericórdia se consubstancia no amor, tendo-se em vista
que Deus, nosso Pai Excelso, “é
amor”.
*
“Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados”.
Mateus: capítulo 5º, versículo 4.
*
“De duas espécies são as vicissitudes
da vida, ou se o preferirem,
promanam de duas fontes bem diferentes,
que importa distinguir.
Umas
têm sua causa na vida presente; outras, fora desta vida”.
Capítulo 5º
— Item 4.
Psicografia de Divaldo Franco do livro
Florações Evangélicas
Os planetas que
rolam no infinito constituem a família universal, por excelência. Cada um deles
comporta uma humanidade, irmã de todas as outras que vibram na imensidade.
Referência:XAVIER, Francisco Cândido. Dicionário da alma. Autores Diversos;
[organização de] Esmeralda Campos Bittencourt. 5a ed. Rio de Janeiro: FEB,
2004.